DELEGACIAS AMANHECEM FECHADAS APÓS RETIRADA DE POLICIAIS MILITARES
Comando da PM determinou que policiais deixem delegacias e voltem para os batalhões.
O Comando da Polícia Militar do Rio Grande do Norte determinou a retirada de delegacias de todos os policiais que estavam atuando em apoio a Polícia Civil. Pelo menos 78 PMs desempenhavam essa função, principalmente, no interior do Estado. Com a determinação, algumas delegacias amanheceram fechadas, como é o caso da Delegacia Regional de Apodi.
A retirada dos policiais militares atende a uma reivindicação do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), e foi estabelecida nesta segunda-feira (15), pelo comandante da PM, coronel Araújo Silva.
No entanto, como a Polícia Civil está presente somente em 40% dos municípios do Rio Grande do Norte, a saída dos PMs abriu uma lacuna e deve dificultar ainda mais. Em Apodi, por exemplo, onde funciona uma Delegacia Regional, o atendimento a população foi suspenso nesta segunda.
Isso porque o delegado Claiton Pinho trabalha apenas com um agente e contava com policiais militares para auxiliar no desenvolvimento dos procedimentos teve que devolver os PMs para o Batalhão.
Por outro lado, a volta dos policiais para os batalhões de origem é uma promessa de reforço no policiamento ostensivo. O problema, de acordo com alguns policiais, é que muitos deles passaram muito tempo dentro de uma delegacia e estariam “desacostumados” com técnicas de patrulhamento, necessitando de uma reciclagem.
Policiais militares cumpriam escalas de policiais civis no interior
O comandante geral da Polícia Militar, coronel Araújo Silva, disse que a determinação da retirada de 79 policiais militares de delegacias visa reforçar o policiamento ostensivo e combater o desvio de funções. Vários desses policiais estavam cumprindo escala no lugar dos policiais civis.
"Eles estavam deixando de cumprir suas funções de policiamento ostensivo para desempenhar trabalho de polícia judiciária", revela Araújo. De acordo com o comandante, até mesmo em Natal alguns policiais militares estavam a disposição da Delegacia Geral da Polícia Civil.
Todos terão que retornar para os batalhões e vestir suas fardas da PM. Caso contrário, serão submetidos ao corte de ponto ou até mesmo responder a processo disciplinar por deserção.
Segundo foi apurado pela reportagem do Portal BO, a determinação que passou a valer nesta segunda-feira (15) desagradou vários policiais, inclusive, da própria Polícia Civil, que reclama de um prejuízo para as cidades.
"Quanto a isso, cabe ao delegado geral [Fábio Rogério] remanejar seus policiais da melhor maneira possível. O que eu não posso é desviar meus policiais de suas funções", completa coronel Araújo.
FONTE: Portal BO
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