sexta-feira, 8 de outubro de 2010

TROPA DE ELITE 2" ESTRÉIA HOJE NOS CINEMAS

O asfalto carioca, mais quente que nunca, volta à cena como cenário para uma das mais aguardadas sequências do cinema nacional. Cercado de expectativas, estreia hoje no Brasil “Tropa de elite 2”, novo longa do diretor José Padilha, após três anos do sucesso do filme anterior, um verdadeiro fenômeno de popularidade nacional – com reconhecimento internacional (o Urso de Ouro do Festival de Berlim 2008).

O novo filme, mesmo sem as polêmicas que ajudaram a promover a produção de 2007, retorna com a mesma sensação de perigo: o confronto urbano nas fronteiras da lei. Apesar da postura atual, coerentemente mais madura, não significa que a batalha desta vez será mais leve.

“Tropa de elite 2” se passa nos dias de hoje, 13 anos após os acontecimentos do primeiro filme. O célebre personagem do ator Wagner Moura, agora é tratado por coronel Nascimento. Ele tem um filho adolescente, Rafael (Pedro Van Held) e está divorciado de Roseane (Maria Ribeiro), que agora está casada com um deputado. Nascimento enfrenta desta vez um novo inimigo: as milícias. Ao se chocar com o sistema que domina o Rio de Janeiro, ele descobre que o problema é muito maior do que se imaginava. Ainda mais quando esse universo bater de frente com sua vida pessoal.

Nascimento precisa equilibrar o desafio de pacificar uma cidade ocupada pelo crime, ao conflituoso relacionamento que mantém com seu filho. José Padilha já afirmou em depoimentos sobre o novo filme, que Nascimento apresentará um perfil psicológico mais complexo, diferente da frieza do primeiro “Tropa”.

O policial passará por um processo de amadurecimento, ligado ao seu conceito de consciência e idade. Promovido a Coronel, ele abandonou a corporação e foi conduzido à esfera política. Nascimento entra em uma zona desconfortável para ele, onde não sabe o que está acontecendo direito, e seus valores são diretamente questionados. A guerra para ele, agora, também é pessoal. Seu universo foi ampliado — com os mais variados efeitos colaterais. Em meio a camadas de burocracia, corrupção e politicagem, o agora coronel Nascimento também acompanha o aumento da importância do Batalhão de Operações Especiais – Bope -, uma rebelião de presídio, tiroteios em favelas, a oposição de defensores de Direitos Humanos, e o sequestro de seu filho. A moral do antigo capitão ainda está firme para declarar: “Para certas pessoas a guerra é a cura, a guerra funciona como uma válvula de escape. E eu fui sempre assim, parceiro”. No elenco, além de Wagner Moura e Maria Ribeiro, também estão Irandhir Santos, Seu Jorge (Beirada); Tainá Müller (a jornalista Clara), e Emílio Orciollo Neto. Do filme anterior, continuam André Ramiro (Matias) e Milhem Cortaz (capitão Fábio).

Vazamento na rede fez o primeiro filme repercutir

Um dos fatos que contribuiu para o sucesso estrondoso de “Tropa de elite”, em 2007, foi o seu vazamento para a internet e consequentemente para as bancas de filmes piratas, meses antes de seu lançamento. O fato, em vez de atrapalhar, ajudou a tornar o sucesso estrondoso que todo mundo conhece. Foi estimado que 11 milhões de brasileiros viram “Tropa” de forma pirateada, e 3,5 milhões foram às salas de cinema. O filme virou mania nacional, elogiado por crítica e público, com suas falas sendo transformadas em bordões populares. O filme também discutiu a ética entre polícia, contraventores, violência e drogas.

O fato fez com que a nova produção armasse um verdadeiro esquema, digno do Bope, para que não houvesse o vazamento da segunda parte. A equipe alugou um apartamento onde foi realizada a montagem do filme. O local era monitorado por câmeras, e a ilha de edição não tinha acesso à internet. As pessoas que estavam autorizadas a sair do local eram quatro, e cada uma tinha sua senha, senão disparava um alarme. Até policiais foram usados na operação – de São Paulo, é claro. “Tropa de Elite 2” foi osso duro de roer com a pirataria em 2010.

“Tropa de elite 2” contou com um orçamento de aproximadamente 16 milhões de reais. Os efeitos especiais foram realizados por diversos profissionais de Hollywood, entre eles Bruno Zeebroek (de “Transformers”), Rene Diamante (“Che Guevara”), William Boggs (“Homem-Aranha”) e Keith Woulard (“O curioso caso de Benjamin Button”).

Durante a primeira exibição do filme, terça-feira passada, José Padilha declarou: “Tropa (1) terminava com uma execução, o 2, de certa forma, se encerra com um renascimento”. O crítico Luiz Carlos Merten arrematou: “Padilha, Wagner Moura e a poderosa equipe de “Tropa 2” conseguiram. Fizeram uma sequência que é melhor do que o original. Você poderá ouvir vozes discordantes. Toda unanimidade é burra, dizia Nelson Rodrigues”. Vá ao cinema e confira.

Confira a programação de exibição nos Cinemas em Natal/RN

* Cinema: Moviecom
Sessões: 14:30 - 16:50 - 19:15 - 21:40 (sala 6) / 15:50 - 18:15 - 20:40 (sala 4)

* Cinema: Cinemark
Sessões: 11:55 - 12:45 - 14:30 - 15:30 - 17:05 - 18:15 - 19:40 - 21:00 - 22:25 - 23:45

FONTE: Tribuna do Norte

COMANDO DA PMRN CONTESTA NOTA DA UFRN

A polêmica que envolve o uso de armas de fogo em ambientes públicos por policiais que não estão em serviço chegou à Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A direção do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA) enviou, na última segunda-feira, uma nota aos alunos e funcionários sobre a ilegalidade da posse por PMs e agentes civis nas salas de aula da instituição. Embora não seja proibitivo, o texto ressalta que o uso da arma só se justifica nos casos em que o servidor esteja em serviço no local.

O coronel Araújo Silva, comandante geral da PM, contudo, contesta a informação, afirmando que o policial tem o direito de usar sua arma, registrada, em todo o território nacional, mesmo fora do serviço, mas ponderou que a atitude não é "conveniente". De acordo com o diretor do centro, professor Márcio Valença, o CCHLA nunca registrou qualquer incidente em sala de aula com policiais armados, mas teria recebido várias denúncias acerca do porte de revólveres ou pistolas, que estaria deixando alguns alunos e funcionários constrangidos e incomodados. "Por isso, resolvemos acionar a Procuradoria Jurídica da UFRN para emitir um parecer sobre o assunto".

Segundo a nota, o aluno policial não está no exercício de suas funções quando em atividade acadêmica nem investido da qualidade de agente público, ficando a segurança do ambiente universitário a cargo de sua administração. "Importante salientar, todavia, que a instituição não deverá coibir o porte de arma em suas dependências", acrescentou.

O uso , conforme a nota, deve ser solicitado pelo comandante geral da PM ou pela autoridade de Polícia Civil competente à reitoria, que poderá analisar cada caso. "Este comunicado é uma forma de nos respaldar no caso de existirem problemas futuros envolvendo armas de fogo na universidade. Com base nisso, poderemos abrir procedimentos disciplinares", disse Márcio Valença. "Também encaminhei o assunto ao reitor (José Ivonildo do Rêgo), para que o parecer possa se transformarnuma norma interna".

"Mesmo sendo autorizado a portar sua arma em qualquer lugar, é mais conveniente que o policial guarde-a em um local seguro e não vísivel, como uma mochila ou sacola. Expor um revolver na cintura no meio de uma aula ou uma missa, por exemplo, pode, sem dúvida, deixar as outras pessoas assustadas e até causar um problema sério em determinadas situações", afirmou o coronel Araújo Silva. O comandante citou, ainda, que frequentou a UFRN por sete anos e não se recorda de um só dia em que tenha ido às aulas armado. "O policial, porém, que se sentir prejudicado com esse parecer ou qualquer outra determinação do tipo, pode requerer uma ordem judicial", explicou.

O tenente Isaac Leão, estudante de direito, disse ainda desconhecer o parecer, mas assumiu assistir às aulas armado e disse que o hábito nunca lhe causou problema. "Nós, policiais, temos uma profissão de muita periculosidade e fazemos vários trajetos durante o dia: de casa para o trabalho, do trabalho para a faculdade etc", justificou. "É para atestar que podemos fazer uso adequado da nossa posse de arma que somos submetidos a testes psicológicos quando da nossa formação". Segundo ele, é importante que o policial não cause pânico ao usar seu armamento, que deve ser portado de maneira "velada" e não ser utilizado pelo simples fato de estar ao seu alcance.

Via: Diário de Natal
FONTE: Sd Glaucia