A Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social do Rio Grande do Norte criou um site na internet para disponibilizar as mortes violentas e as ocorrências policiais. As mortes serão informadas em tempo real e a Polícia Militar irá emitir boletins diários. As decisões foram anunciadas ontem após movimento realizado pelos jornalistas de Mossoró.
Representantes dos jornalistas de Mossoró, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subseccional Mossoró e Rio Grande do Norte, Sindicato dos Jornalistas (SINDJORN) e Secretaria de Segurança estiveram reunidos hoje (4), em Natal, para discutir as medidas restritivas impostas pelo Governo, dificultando o acesso dos jornalistas aos dados da violência.
O secretário Aldair Rocha garantiu durante a reunião que a imprensa não será mais prejudicada. De acordo com ele, no site www.defesasocial.rn.gov.br, o link CIOSP (Imprensa) será disponibilizado, em tempo real, todas as mortes violentas registradas pelas três unidades do Instituto Técnico-Científico de Policia (ITEP), situadas em Mossoró, Natal e Caicó.
Em Mossoró, por enquanto, o registro voltará a ser feito como antes, através de um livro que é disponibilizado na recepção do órgão. As linhas telefônicas foram cortadas por atraso no pagamento, o que inviabiliza a utilização da internet. Segundo Nazareno de Deus, diretor-geral do Itep no RN, o problema da internet deverá ser resolvido ainda nesta semana.
Quanto à Polícia Militar, ficou acertado, neste primeiro momento, que o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (CIOSP) voltará a atender os jornalistas, informando as ocorrências policiais. Posteriormente, as ocorrências policiais também serão disponibilizadas no link CIOSP (Imprensa), porém, com atualizações feitas em boletins diários.
O jornalista Luciano Maia, da Gazeta do Oeste, disse que saiu satisfeito do encontro. A preocupação dele, assim como dos outros jornalistas que participaram do movimento e todos que foram prejudicados pela atitude restritiva do Governo, é com o cumprimento das medidas anunciadas. “Acredito que agora o problema tenha sido resolvido”, destacou o jornalista.
