sábado, 2 de julho de 2011

Cinco mortos e 2 baleados em operações


Em pouco mais de seis meses, cinco suspeitos foram mortos em operações policiais e outros dois feridos, contra apenas um policial que foi atingido de raspão durante os confrontos. O último caso ocorreu na noite de quinta-feira passada, quando dois suspeitos de terem assaltado um posto de combustível foram perseguidos e um deles terminou baleado pela Polícia Militar. No ranking dos confrontos, a Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (ROCAM) se destaca entre as demais equipes militares.
A Rocam lidera em disparado no quesito "suspeitos baleados". Ao todo, de acordo com números do Segundo Batalhão de Polícia Militar, sete foram feridos em operações policiais, sendo cinco deles durante ocorrências da Rocam, sem contar com uma morte registrada durante operação da Rocam de Natal, que foi enviada a Mossoró para reforçar o policiamento ostensivo durante a operação "Mossoró em Paz". Em segundo lugar neste quesito, aparece a equipe do Setor de Investigação da PM. São policiais que trabalham descaracterizados e neste ano já contabilizam dois suspeitos feridos.
Proporcionalmente, a Rocam está em um número bem menor se comparado as outras equipes da Polícia Militar que, até ontem, ainda não tinham se envolvido em operações com suspeitos baleados na cidade. O funcionamento da PM é feito a partir de divisão. Cada equipe tem sua atribuição. Na parte de policiamento, além de uma única equipe da Rocam, trabalham na segurança diária ainda cinco equipes de rádios-patrulha - àquelas viaturas de bairro -, uma do Grupo Tático Operacional (GTO) e duas do Patrulhamento Tático-Móvel (PATAMO), fora a Segunda Sessão, equipe de investigação.
Em média, Mossoró chega a ter cerca de 10 equipes diferentes nas ruas, sem contar com a Segunda Sessão, cada uma com suas atribuições específicas, mas a Rocam tem se destacado em relação às demais no quesito "suspeitos baleados". Para o tenente Eromar Sátiro Cavalcante, comandante dessa unidade em Mossoró, a nova metodologia implantada na Rocam é responsável por esses números. Para ele, Polícia e bandidos estão em guerra e é dessa maneira que ele repassa suas orientações aos subordinados. "Eu digo isso a eles todos os dias. Estamos em uma guerra urbana", frisa Eromar.
Segundo o tenente, a grande quantidade de ocorrências com suspeitos lesionados é devido à ousadia dos criminosos e também ao novo estilo que foi incorporado à Rocam de Mossoró. "Eu atribuo essa quantidade de tiroteios a audácia dos bandidos e à política que nós estamos adotando, de treinamento, maior qualificação... Saímos para trabalhar e não sabemos se conseguimos voltar. A situação está assim, mas estamos vencendo. Isso é importante. A quantidade de prisões tem aumentado muito. O placar está ao nosso favor", explica o oficial militar, que assumiu a Rocam recentemente.
Andrey Ricardo
Da Redação do Jornal de Fato

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