sábado, 11 de fevereiro de 2012

Polícia Civil de 26 Estados ameaça paralisação nacional em um mês

 

BELO HORIZONTE - Policiais civis de 26 Estados aprovaram na tarde desta sexta-feira em Brasília um plano de paralisação nacional como forma de pressionar o governo federal a abrir negociação para discutir piso salarial e lei orgânica para as corporações em todo o país.
Na próxima semana, o presidente Confederação Brasileira de Trabalhadores de Policiais Civis (Cobrapol), Jânio Bosco Gandra, espera entregar ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, uma pauta de reivindicações.
“O que foi aprovado hoje é que no dia 16 de março as entidades da polícia civil nos 26 Estados realizem assembleias para votar uma greve. Se até o dia 16 de abril o governo não demonstrar empenho para fazer as coisas andarem, a polícia para”, disse o vice-presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil Estado de Minas Gerais, Antonio Marcos Pereira, que participou da reunião da Cobrapol num hotel em Brasília.  “É essa a diretriz que foi aprovada hoje.”
Dois dos principais pontos da pauta extraída da reunião são a aprovação de um piso nacional de salários (como prevê a PEC 300) e uma lei orgânica nacional, que serviria como um marco jurídico para nortear as atividades dos policiais civis em todo o país. Hoje essas leis são estaduais. A lei de Minas, por exemplo é, segundo Pereira, de 1969, e ainda carrega a marca de uma legislação do regime militar.
O prazo até abril, segundo Pereira, foi definido para mostrar que os policiais estão dispostos a negociar a dar tempo para uma posição do governo. Segundo ele, os policiais deverão nesse período defender junto aos governos estaduais que orientem suas bancadas em nível nacional disposição para aprovem as reivindicações.
Segundo ele, a reunião da Cobrapol não tem relação com a mobilização dos PMs na Bahia e no Rio. O encontro já estava marcado havia um mês.
(Marcos de Moura e Souza/Valor)

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